Jogo de interesses

Quem disse que mulherzinha não entende de futebol?
Sobre a abertura da Copa de 2014, aqui vai minha opinião...

Influência política dá ao Estado de São Paulo a concessão para a abertura da
Copa do Mundo de 2014

A abertura da Copa de 2014 será em São Paulo, no estádio do Corinthians localizado em Itaquera. As obras no local ainda estão no início, mas para que elas fossem possíveis de sair do papel houve muito jogo político. O presidente do clube paulista, Andrés Sanchez, contou com sua influência e boas relações com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Ricardo Teixeira, além do mesmo relacionamento com o ex-presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva. Vale ressaltar que um dos sonhos de Ricardo Teixeira é eleger Sanchez como seu sucessor na CBF.
O estádio do Morumbi foi rejeitado pela FIFA, a entidade diretora do futebol mundial. Esta afirmou que o projeto do estádio não se enquadra nos seus padrões e, portanto, vetou sua escolha. Mas, nos bastidores, o que se sabe é que o presidente do São Paulo F.C, Juvenal Juvêncio, não tem uma relação muito amigável com o presidente da CBF. E, por esse motivo, o estádio do Morumbi foi barrado. Segundo a opinião de alguns críticos de Ricardo Teixeira, a FIFA apenas acatou a escolha da CBF em relação às cidades que sediarão os jogos.
Para compensar a escolha da abertura em São Paulo e não criar “inimizades desnecessárias”, Ricardo Teixeira fez algumas considerações e colocou jogos importantes para ocorrerem nas cidades de Brasília, Belo Horizonte e Salvador. A Capital sediará a abertura da Copa das Confederações, o segundo jogo do Brasil na primeira fase da Copa do Mundo e a disputa do terceiro lugar também nesse evento. Belo Horizonte sediará a disputa da semifinal da Copa. E Salvador terá grande quantidade de jogos, com chances de o time brasileiro jogar na cidade.
A escolha do nome do estádio que fará a abertura da Copa é ainda uma incógnita. O presidente do Corinthians quer afastar o nome popular (“Fielzão”) que a torcida deu ao local, pois, para manter o estádio depende-se de patrocinadores que, geralmente, batizam a arena. No futebol de hoje, o nome que a nação corinthiana definiu para o estádio só será possível se for um mero apelido, pois o que move esse grande evento é o dinheiro.
A lógica da abertura da Copa deveria ser um estádio tão grande quanto o Maracanã, onde será a final, e que já possuísse as obras avançadas. Brasília seria a escolha ideal, pois se encaixa nesses quesitos: possuirá o segundo maior estádio do país, já está com as obras avançadas (com prazo para conclusão em dezembro de 2012), além de ser a capital do Brasil.
Para o povo brasileiro, está será a “Copa da Corrupção”, pois com os escândalos que vem ocorrendo envolvendo o presidente da CBF e o ex-ministro dos Esportes, Orlando Silva, fazem com que a credibilidade de quem está à frente da organização do evento seja abalada. Essa ficha-suja de alguns dos envolvidos diretamente na Copa, a infraestrutura precária das cidades e o atraso das obras dos estádios também estão causando certo receio.
Futebol e política andam sempre juntos. Um compensa o outro. Há manipulação de tudo e o jogo de interesses é visível, mesmo que os envolvidos tentem maquiá-lo. Agora resta esperar para que dê tudo certo e a corrupção não prevaleça. Pelo menos é o que a população brasileira espera: que a Copa do Mundo de 2014 deixe um legado para o país.

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